Mais um dia

Olá,

Tudo bem?

Eu estou levando... Alguns dias são mais difíceis que outros. 

Acredita que eu comecei achar o dia bom quando ele é suportável? Pois é... Faz tempo que eu perdi a noção do que seria um dia realmente bom, então eu crio um dia bom.

A vida parece seguir na mesma, as pessoas seguem a sua vida sem olhar ao redor, para as outras pessoas que estão ao redor. A correria as impede de notar. E a gente vai ficando assim... ficando apenas.

Continuo sorrindo como se nada estivesse acontecendo... Mas chega a hora de ficar só, e aí, dói. E eu nem sei porquê dói. Minha vida aparentemente é boa, mas é algo que eu não sei dizer... Uma tristeza que sufoca. Eu até quis me abrir com alguém, mas a pessoa respondeu que “era falta de Deus”... Eu rezo, eu choro, eu busco resposta. Eu acredito em Deus, eu sei que Ele está comigo, sofre comigo, mas mesmo assim... As vezes...  Ahhh.

Espero que essa dor, essa angústia passe logo. Não sei até quando agüentarei... Todos os dias em penso ser o meu limite, mas, aí, passa...  O dia passa. Do nada vem a "tristeza", quando eu percebo que o dia passou e não consegui fazer nada.

A vida social continua a mesma... Saio com os amigos, conto umas piadas no stores do insta, sempre que aparece uma viagem eu me lanço... Gosto de conversar com desconhecidos... Tudo aparenta estar “tudo bem”, mal as pessoas sabem do que passa dentro... Mas acho que elas nem querem saber... Quantas vezes eu ouvi um “você está bem?”, mas no fundo eu sabia que a pessoa não queria saber, realmente, como eu estava... Era só questão de etiqueta. As pessoas já têm seus próprios problemas para se preocupar.

Já eu, vivo mergulhado em saudade, saudade de pessoas, lugares, situações... Tenho a impressão de que já fui feliz um dia, e isso, de certa forma, conforta. É como se eu não estivesse nesse mundo atoa... Quando os dias "são bons", tudo o que eu quero é encontrar alguém que me dê um abraço forte e diga: "tudo vai ficar bem! eu estou aqui". Nossa, é tão simples, mas tão surreal. Meus amigos são amigos, mas as vezes eles não sabem ser alma... E quando eu encontro uma alma igual a minha, aí sim, tudo fica com um pouco mais de cor... O ruim, é quando a pessoa que dar cor, se afasta... Eu sei que a vida é de entradas e saídas, chegadas e partidas, ainda assim, sabendo disso, é difícil de lidar.  

As vezes fico pensando na minha morte, não na forma que vou morrer (não agora), mas o que falarão de mim no velório: Tão Jovem/ Porque isso?/ Ele era tão alegre/ Chato, mas legal/ Sempre achei que tinha algo errado com ele/. Penso na minha mãe, pobrezinha, quem cuidará dela? Nas tias que sempre me enchiam de doces... Até do bêbado que sempre quando me via na rua começa a cantar aquela música: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz...”. Sempre achei ele um cara feliz... Só era entregue a essa doença maldita do álcool. Muitas vezes rezei para que a minha dor pudesse ser redenção pra ele... Ah, Voltando ao assunto da morte... As vezes penso que a morte seria uma boa saída, mas não tenho coragem suficiente para atentar contra a minha vida. Como falei antes, eu acredito em Deus e tenho medo de ir para o inferno, se bem que todas as dores aqui já parecem um pouco com o inferno. No entanto, com todo esse turbilhão, eu quero acreditar que existe algo melhor depois... Por isso eu espero... Luto por esperar...

É mais um dia assim... Tomara que amanhã seja diferente. Desejo que você que está lendo, tenho um dia bom, melhor que o meu, que seja.

Tudo vai ficar bem. Obrigado!

(Baseado em relatos reais) 

O voo da descoberta

Nós crescemos em um mundo de fantasias, onde tudo pode ser possível. Onde o medo só se prolifera no escuro, mas que logo se finda ao ser confrontado com a luz.

Canções, brinquedos, amigos, família... Isso resume a nossa infantil inocência. O dia parecia demorar mais, o sorvete era mais gostoso e a brincadeira sempre terminava quando já não aguentava mais correr...

Um dia crescemos, aliás, pra falar a verdade, todo dia a gente cresce... só não percebe. Faz parte da vida. Com o passar dos dias, dentro de nós grita uma voz por “Liberdade”, por independência. Inocentemente, acreditamos que seremos mais felizes fazendo as nossas vontades, vivendo o nosso tempo. 

Uma hora o pequeno pássaro resolve abrir as asas e voar... Nossos pais, até que tentam, mas, sabem que não poderão nos conter no ninho por muito tempo... E a gente voa... Voa vislumbrando novos horizontes, em busca do nosso lugar ao sol... Rapidamente, percebemos que a vida não era tão colorida assim... Percebemos que a comida não se faz sozinha, que a roupa não se lava sozinha, que dinheiro não cai do céu e que a solidão nem sempre é tão boa... E a gente vai se virando como pode, afinal, escolhemos isso. Às vezes as coisas estão tão difíceis, que as pessoas perguntam como estamos e nós, mesmo com o desejo de desabafar, respiramos fundo, abrimos um sorriso e respondemos: estou bem – no desejo de acreditar nisso.

Ao voarmos percebemos que bater as asas cansa... Que os galhos nem sempre são bons para descansar... Que as vezes chove... Percebemos que é preciso cair do galho para entender que não somos os “maiorais”. Inevitavelmente, chega um momento em que nos damos conta de que as pessoas não são imortais, por mais que elas se eternizem em nossos corações. O pior não é a perda, é o pesar da consciência de que poderia ter feito mais, ter feito melhor, ter ouvido, ter falado... ter calado...

A gente percebe, que na vida real, não dá pra dar Ctrl+z, não dá pra apertar replay, não dá pra voltar... E a gente segue, em meios as tempestades da vida, acreditando que a liberdade que tanto almejávamos, era aquela que sempre tivemos perto, tivemos dentro. Continuamos voando, na crença de que o sol há de brilhar, que as flores se abrirão e que depois de muitos quilômetros voados, o vento soprará, a gente cantará e tudo o de mais belo voltará a reinar, como na inocência da infância... Tudo será perfeito!

Assim eu espero.

Pequeno pássaro.

Olha aí... Eita vida!

Olha como é a vida, leva-nos pessoas e traz-nos outras. E quando tudo parece estar nublado, eis que Deus apresenta-nos um novo horizonte... Ele e aquele típico modo perfeito de ser Deus. Já nós, muitas vezes, procuramos perfeição nos outros, mas esquecemos que somos seres humanos, limitados, fadados a triste realidade do erro, ou de outro modo, ao belíssimo panorama do RECOMEÇAR. 

Descobrimos que a perfeição está no contexto de uma pessoa imperfeita, independe da situação, modo ou lugar. O perfeito para o nosso nível de humanidade, não está medido ao que é sempre certo, porém, ao que se esforça para fazer o certo. 

Com o tempo, você começa a perceber quem realmente está ao seu lado e aprende que está ao lado, nem sempre significa está perto no modo físico... Percebe não somente quem pode sorrir com você nos momentos felizes, mas que verdadeiramente pode chorar nos momentos tristes. A vida é assim, hoje estamos aqui, amanhã ali. 

Mas sabe de uma coisa? Até aqui, já valeu ter vivido. Ter conhecido pessoas sensacionais que tem o dom de nos fazer bem com sua simples presença, que sabem extrair da gota de tristeza, um oceano de alegria. Com cada sorriso encontrado, com cada alma cativada, eu sigo na canção, até aonde a melodia me levar... Eita, leva eu, vida que Deus me deu... Como um farrapinho de uma extensão limitada do infinito.

Quero sempre mais e mais a vida que de bela se tornará eterna...

Eu sou a brisa da vida... Olha aí!

...

Se eu morresse hoje

Se eu morresse hoje, certamente, minha mente estaria tranquila. Saberia que não fui perfeito,mas me esforcei ao máximo para ser melhor. Sempre fui eu mesmo. Há quem acredite que me escondi por detrás de uma imagem que eu mesmo criei, porém, quem realmente me conheceu, sabe que isso, ainda que do meu jeito, foi o meu eu mais verdadeiro que existiu.

Levaria comigo cada momento, alegres e tristes. Pois os alegres me fizeram persistir, os tristes me ajudaram a melhorar. Não saberia dizer ao certo, se fui aquilo que penso ter sido, isso já caberia a cada um daqueles que conviveram comigo. Sempre tive excessos, mas na realidade, quem nunca teve? Mas não posso negar que das vezes que eu errei, e sou ciente de que não foram poucas, foi tentando acertar. Fiz muita burrada, no entanto não posso e nem tenho o direito de esquecer aquilo que aceitei. Dos sorrisos que roubei, das pessoas que ajudei, até mesmo daquelas que nunca saberei, mas de alguma forma, fiz a diferença em suas vidas.

Algo apenas me deixaria triste, olhar para trás e ver que não fui um verdadeiro sinal daquilo, aliás, d’Aquele, que fui destinado a ser. Ver quantas lágrimas eu fiz alguém derramar, e ainda sem perceber, magoar àqueles a quem tanto amei. Amigos eu conquistei, amigos decepcionei. Há aqueles que eu sei que apesar da distância continuam unidos a mim, de alguma forma que nem sei dizer. Há também aqueles, que através de uma atitude, palavra, ou sei lá o que, acabei afastando de mim. Meu coração entristecido chora por esses, todavia, está consciente de que não fiz por mal, e de que não guardo mágoa, muito menos algo contra aqueles que se contrariam comigo.

Enfim, se eu morresse hoje poderia ter a certeza de que fiz tudo àquilo que desejei fazer, acertando e errando, mas eu vivi. Morreria como alguém que viveu, que soube viver.  

No Vale da Realidade

O tempo é a mera seqüência da realidade, um mundo À volta de seres, que pouco a pouco destroem sua própria casa. Tudo parece tão normal, nada parece está fora do lugar, porém percebe que tudo se modifica, em questões de segundo o que era a pouco já não é mais, será realidade ou apenas uma ilusão?

Pessoas andam de um lado para o outro, como se estivessem perdidas em meio ao vão de um tal destino, o que parecia antes ser tão óbvio, hoje torna-se tão incerto, será realidade ou apenas uma ilusão?

Ouço ruídos, ouço gemidos, ouço barulho, não entendo, mas o que se pode entender quando até nossa voz parece não ser escutada?

Oh!!! Mais uma vez o tempo, chega, chega, chega, vem no principio como uma brisa suave, mas quando se percebe, passou como um furacão, apenas deixando destruição, então me questiono: Quem será o culpado, eu ou tempo?

Escuto choro de crianças, e o que me dói, é vê-las crescendo e eu envelhecendo, em uma rapidez tal qual a velocidade da luz, então grito: PARE!!!!!!! Entretanto apenas ouço o eco da minha voz e nada mais, então percebo, essa é minha vida, essa é minha realidade. Hoje aqui, amanhã só Deus sabe, o que vale? Apenas seguir o compasso da Canção, seguir o caminho da luz mais brilhante, sem mesmo pensar na escuridão...

Final de Ano

Ultimo mês de um ano a mais... Hora de fazer uma revisão. Grandes coisas aconteceram, fatos, noticias... Pessoas apareceram, desapareceram; Construções fizemos; Músicas aprendemos; Valores esquecemos... Um ano no qual a alegria e a tristeza seguiram juntas . Risos e Lágrimas eram fáceis de acontecer. Tempo em que coisas que pareciam impossíveis aconteceram. Pessoas conquistamos, pessoas decepcionamos. E assim, mais um novo ano se aproxima... Faremos a mesma coisa? Ficaremos do mesmo jeito? Continuará sendo “mais um ano”, mesmo que você repita que será “diferente”? Cada momento é único e não volta, aprendamos a saborear esse momento, pois só esse é definitivo. Ainda que nesse novo ano pareça normal, seja diferente, seja original!

Deus nos Abençoe!!!


Camilo Jaílton

O tempo Passa...

Um dia, depois de muitos anos, quando estivermos bem velhinho, recordaremos os bons momentos que passamos juntos, pode ser que não estejamos mais juntos... Separados pela distancia ou pela eternidade. Lembraremos dos melhores momentos de nossa vida e, perceberemos que em cada momento vivido, existía sempre uma pessoa em especial que marcou e mesmo sem saber nos proporciou os melhores dias. As fotografias ficarão para sempre mais do que em um pedaço de papel, mas, em nosso coração, ao revê-las sentiremos grande emoção, pois teremos a certeza que nada foi em vão, que cada minuto Valeu APENA. É preciso viver a vida e ser Feliz. Tudo na vida é passageiro. Deus dá apenas uma oportunidade para sermos felizes. Cuidemos do hoje, pois o amanhã é muito incerto e o ontem já não volta!!!